sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma pitada genial de Tarantino.

Tarantino, desde que estreou com “Cães de Aluguel” em 1992, se tornou o queridinho dos cinéfilos de plantão por sua maneira peculiar e atrativa com o cinema.

De lá pra cá só tem feito sucesso com seus filmes, que se destacam por longas conversas sobre assuntos distintos e a quantidade bizarra de sangue em cena.

Depois de “Death Proof” - À Prova de Morte, no Brasil, Quentin Tarantino bomba em 2009 com seu novo filme, “Bastardos Inglórios”. Longa, que no contexto histórico traz a Segunda Guerra Mundial, o Nazismo e conta as sagas de um esquadrão de soldados judeus americanos que aterrorizam os seguidores de Führer, em busca de vingança contra os nazistas.

Aldo Raine (Brad Pitt) organiza um grupo de soldados para vingar – se da crueldade e injustiça dos nazistas. Posteriormente conhecido pelos alemães como os "Os Bastardos", o grupo de Raine junta-se à atriz alemã e agente secreta Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão para eliminar os líderes do Terceiro Reich – Alemanha Nazista. E o destino junta todos no cinema, com o mesmo objetivo, onde Shosanna (Mélanie Laurent) tramou um plano de vingança próprio.

Bastardos Inglórios não é tão sangrento quanto eu esperava. Agora, quando se trata de violência – outro atributo do diretor - a ousadia toma conta da cena. Há exemplo, o longa-metragem conta com o personagem “Urso Judeu” (Eli Roth), um dos bastardos, que utiliza um taco de beisebol para matar nazistas.

O filme que levou quase dez anos para ficar pronto, prende a atenção do telespectador e reconstrói a história do Nazismo invocando o imaginário e o real, sintonizando o filme. O roteiro conta com diálogos irreverentes, humor, e, claro, aquele jeitinho de Tarantino. Porém a trama se arrasta para a cena principal, que acontece no cinema de Shosanna. No dia da pré-estreia de um filme nazista, no qual o alto comando alemão está presente, inclusive Hitler, Shosanna coloca seu plano em prática e faz jus à vingança judia. O local incendeia e o grande Führer é fuzilado estupidamente por dois bastardos.

Com um elenco impecável, meus créditos à Brad Pitt, em interpretação ao Tenente Aldo Raine, com sotaque caipira e ao mesmo tempo tom de autoridade e Christoph Waltz, o detetive caçador de judeus, Hans Landa, muitas vezes até, roubando a cena do protagonista, por ser irônico e folgado.

O filme, que em Portugal ganhou o título “Sacanas sem Lei”, está na disputa pelo prêmio Palma de Ouro, o qual Tarantino recebeu pela primeira vez, em 1994, por Pulp Fiction.

Aproveitando esse elo entre os dois filmes, cito o curta-metragem “Tarantino’s Mind”, (http://www.youtube.com/watch?v=op4byt-DtsI) uma ideia maluca e inteligente que desvenda o código criado por Quantin Tarantino. Todos os roteiros são um só filme dividido em várias partes, nas quais os personagens sempre possuem uma ligação.

Aos amantes do cinema e aos leigos curiosos, lanço a questão. Há possibilidade deste código ter sido decifrado e ser verdadeiro?

Rafaela Alves Abreu

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