segunda-feira, 25 de maio de 2009


moda
Lojas Fast Fashion

A uniformização de tendências através das lojas de departamento
As lojas fast fashions, também conhecidas como lojas de departamento tem ganhado cada vez mais espaço em nosso dia-a-dia, isso porque elas são responsáveis por trazer as mais novas tendências por preços bem mais acessíveis
O que parece ótimo também pode ser encarado como péssimo para alguns, uma vez que a maioria dessas lojas não possui um designer fixo, e por isso, muitas vezes perdem sua personalidade ao reproduzir desfiles de alta costura a preços de banana.

“após fazer todo um processo de pesquisa às necessidades do consumidor, elas trazem aquilo que o consumidor precisa por um preço que ele pode pagar”

A jornalista Patrícia da Silva Stefani explicou em sua monografia :“a elite da moda, constituída por estilistas, divulgadores e primeiros usuários, faz o lançamento de determinada tendência. A massa copia esses novos elementos de vestir, o que faz com que os mesmos diminuam seu valor em uma relação inversamente proporcional ao processo de massificação.” Ou seja, a massificação, a produção em serie é algo inevitável em mundo como o da moda, onde o desejo de aceitação é intensificado pela possibilidade de se passar qualquer informação através da indumentária.
Então qual seria a verdadeira face dessa historia? As lojas de departamento são excelentes por nos aproximar da moda ou são ruins por copiarem estilistas famosos, deixando o valor da arte em moda para trás? Para o estilista Nélio Pinheiro, “é bom. É bom porque alem de ser uma maneira de evitar o pirateamento, uma vez que os produtos de lojas de departamento levam a moda às classes mais baixas sem ter que fazer uma cópia de logotipo, é disso que a moda vive, de tendências, e após fazer todo um processo de pesquisa às necessidades do consumidor, elas trazem aquilo que o consumidor precisa por um preço que ele pode pagar. Fato é, para fazer toda uma coleção, com peças únicas, é necessário muito dinheiro, não tornando possível vender por tão pouco.”
Outro item positivo sobre essas lojas é que elas contam com profissionais chamados de olheiros da moda, ou seja, os cool hunters, que em um processo de apenas 20 dias levam às araras tudo o que o consumidor precisa, então não a muito o porque de perder tempo com suspeitas de copia, afinal o único meio de se captar o teor artístico de uma coleção é através da peça original. Fica a dica.

segunda-feira, 11 de maio de 2009


Em um mundo movido por constante desejo de aceitação, onde tudo contracena para formamos uma imagem de alto status social, a moda é componente fundamental nessa trama.
É comum vermos camelódromos pela cidade vendendo imitações de peças de roupa ou acessório de marcas famosas, então nos questionamos, se o que faz uma roupa cara é a qualidade porque compramos uma roupa falsificada apenas pela etiqueta? Talvez esse não seja o real motivo pelo valor da peça, mas sim o significado que ela tem. Ao ver uma pessoa com uma bolsa de marca cara, logo imaginamos todo um padrão de vida que aquele individoa tem, uma simples sigla impressa na carteira, muda o modo que olhamos aquela pessoa. Mas por quê? Porque esse desejo de ser algo que não se é, afinal se você não possui o dinheiro necessário para bancar aquele estilo de vida, porque falseá-lo?
Assim como na música a falsificação de produtos original é um desmerecimento à arte do criador. A questão também pode ir alem dos camelódromos, afinal pode-se plagiar um produto sem nem ao menos assinar com o nome do real criador, como no caso das lojas de departamentos onde os produtos são uma cópia de indumentárias vistas semanas antes em um desfile internacional. No ultimo inverno os estilistas internacionais capricharam em looks masculinizados e cheios de arquitetura, mas para ditarem as tendências atuais precisaram de meses de pesquisas ao consumidor e de observação às necessidade deste, porem ao lançarem suas roupas se deparam a uma grande concorrente, as lojas de departamento que na outra semana copiam tudo dos seus desfiles prêt-à-porter e por um preço ínfimo tornam a indumentária em produção em serie, assim meses após um desfile é possível ver milhões de pessoas usando aquela peça que inicialmente possuía um valor conceitual e artístico cujo o atual usuário não faz idéia de qual seja.
A mesma questão possui outro lado, o do consumidor que se beneficia ao poder ter um contato direto com a moda por um preço acessível, mas esse seria o caso de cada loja, com seu devido estilista produzir algo original, afinal a moda não é simplesmente tendência, mas sim, é a arte de cada designer, ao perder seu valor de originalidade deixa de ser arte, deixando de ser moda e virando apenas fruto da massificação de produtos de outros estilistas.
Mas afinal porque esse desejo insaciável de estar na moda? O que realmente é a moda?
Patrícia da Silva Stefani explicou em sua monografia :“a elite da moda, constituída por estilistas, divulgadores e primeiros usuários, faz o lançamento de determinada tendência. A massa copia esses novos elementos de vestir, o que faz com que os mesmos diminuam seu valor em uma relação inversamente proporcional ao processo de massificação.”
Sendo assim, se moda foi criada para individualizar cada individuo, através desse processo de massificação promovido pelas lojas de departamento, surge a chamada mania que é quando uma tendência se instaura de tal forma que as pessoas passam a se vestir umas iguais as outras e a saída para aqueles que podem bancar a originalidade é abusar das grifes.
O poder das grifes é algo que nós leva a aprofundar na discussão, porque eu compro uma imitação de uma roupa que eu nem sei de quem veio? Pelo simples fato de saber que originou de uma grife. As grifes se tornaram um meio de estabelecer ainda mais as classes sociais e assim, sendo um meio de uma pessoa de classe baixa poder se mostrar para o mundo com um padrão de vida que ela não tem.